Ao abrir os olhos da consciência,
Ao sair do meu sono-profundo,
Ao rejuvenescer as frias carnes do meu corpo,
Senti-me surpreso, dilacerado, imundo.
***
Ao ver de cima os restos de minha história,
Ao remexer os escombros das lembranças,
Eu chorava os meus cacos quebrados,
Eu recordava dos tempos de criança.
***
Naqueles tempos de sonhos vivos,
Naqueles dias em que ousava ousar,
Eu tinha vida, eu tinha brio,
Eu não ficava a lamentar.
***
Eu amava o sol e alegrava a chuva,
Ria de mim, de coisas absurdas,
Eu chorava, eu gritava,
Eu rolava pelo chão.
***
Eu tinha medo,
Eu era frágil,
Mas, mesmo assim,
Não sabia ouvir não.
***
Hoje, governado, possuído,
Sou vencido pelo “não”,
Sou escravo de mim mesmo,
Já nem piso no chão.
***
Que saudades, que angústia,
De um tempo que não volta,
Chora triste o coração,
Desse velho frustrado.
***
Ao contrário, faz o tempo,
Me atropela pela porta,
Me amarra o corpo,
Tolhe-me a alma,
Faz-me de mim, jovem-velho,
Autor: Paulo André dos Santos.
Mas dps escrevo -as...
Pô, é legal..saca? Principalmente quando vc tende a estar certo, mas tava errado...
Bando de merda....com alto nível de status social (aonde?), trairagem, orgulho e em principal...cafagestagem..hahahahaha =D
----------------
Now playing: Anberlin - Inevitable (AOL Sessions)
via FoxyTunes
Nenhum comentário:
Postar um comentário